por Carlos Giannoni
Em visita recente à Assembleia Legislativa de São Paulo, o secretário Estadual dos Transportes, Mauro Arce, disse que todas as rodovias do Estado de São Paulo passarão a cobrar pedágio das motocicletas.
Essa cobrança hoje é restrita às rodovias que tiveram concessões esse ano. O valor praticado será metade da tarifa básica cobrada dos veículos de passeio. As mudanças em relação à cobrança do pedágio ainda não têm um prazo definido para acontecer.
Atualmente, o sistema Ayrton Senna, Carvalho Pinto e o Km 285 da Marechal Rondon já tem implementada a cobrança do pedágio para motos.
Para o motociclista Samuel Sthepan, 25, a cobrança do pedágio é justa, pois o número de motos nas estradas está cada vez maior. “Todos que usam as rodovias devem pagar a tarifa”, diz.
Para Danilo Fernandes, 27, que usa sua moto todos os dias para trabalhar, as motocicletas deveriam continuar isentas do pagamento de pedágio. “As motos não causam estrago nenhum nas rodovias, ao contrário dos caminhões com excesso de peso que danificam o asfalto”.
O Em Foco entrou em contato com a concessionária Intervias, pertencente ao grupo OHL Brasil, que administra importantes rodovias como a SP 330 (Via Anhanguera), de Cordeirópolis a Santa Rita do Passa Quatro, para saber qual seu posicionamento diante da cobrança de pedágio para as motos em todo o Estado.
A Intervias, através da sua assessoria de imprensa, diz que não pode se pronunciar por ainda não ter nenhuma decisão concreta sobre o assunto por parte do Estado.
O governo dá como justificativa para a cobrança da tarifa os altos gastos no socorro médico e mecânico que as motos causam.
Arce já definiu que a receita com o pedágio para as motos não ficará com as concessionárias. Ela será usada em investimentos nas estradas.
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