12 de nov. de 2009

Jovens vivenciam a religiosidade de maneiras diferentes

por Lidia Baião

Segundo Dom Geraldo Majella Agnelo, os jovens são nascidos para o heroísmo, e encontram em associações religiosas e filantrópicas o lugar idôneo para realizar seus próprios ideais.

Mesmo aqueles que atravessam um período de confusão e de crise, esperam que estas instituições saibam acolhê-los.

“No próprio Brasil, são milhões os jovens que vivem o Cristianismo de verdade ou procuram em outras expressões religiosas a chance de fazerem o bem para as pessoas menos favorecidas”, diz Dom Agnelo.

“Não é possível ser religioso somente na Igreja e saindo dela ser outra pessoa”, afirma Diego Rodrigo dos Santos, 21 anos, estudante de Jornalismo. Em sua opinião, a religiosidade consiste numa espiritualidade que se constrói a partir de uma profissão de fé que se pratica e também é reflexo e consequência de um conceito de fé que se adota para a vida.

Santos diz que, comumente, reza de manhã, à tarde e à noite. Trata-se do ofício das leituras e salmos, chamado pelo catolicismo de Liturgia das Horas, além das orações comuns. “Participo das missas todos os sábados e domingos e, na medida do possível, semanalmente também.

É na Eucaristia que me alimento da palavra de Deus e comungo do corpo e sangue de Cristo, que me dá força para continuar a caminhada de vida e de fé”, conta ele.

Aos sábados à tarde, ele cursa Teologia básica no Isca, para se aprofundar mais nos documentos e dogmas da Igreja Católica Apóstolica Romana, da qual participa e professa sua fé através do batismo, da primeira comunhão e da crisma - sacramentos oferecidos pela Igreja Católica.

Para Caio Rangel, 27 anos, administrador, religiosidade é ter fé em algo superior. É acreditar que as pessoas são colocadas no mundo por um Deus que quer ver as pessoas felizes. “Não acredito que Deus nos coloca nesse mundo para sofrer. Aliás, em minha opinião, é a falta de religiosidade que faz com que muitas pessoas sofram”, diz Rangel.

Sobre a maneira como ele vivencia a religiosidade no dia a dia, Rangel diz que agradece a Deus pela família, por seus amigos, pela namorada, pela família dela o ter recebido de braços abertos, por seu trabalho e por sua saúde.

“Praticar a religiosidade é, para mim, não guardar rancores, não destratar quem quer que seja, é entender o outro por mais diferente que seja, é respeitar as opiniões das outras pessoas, incluindo suas opções religiosas”, diz o rapaz.

Rangel é espírita e acredita que, a cada vida que se passa na Terra, se aprende e ensina algo. “Acredito que estamos sempre rodeados de espíritos bons que nos ajudam e nos intuem a tomar decisões para nosso bem e para nosso aprendizado”. Essa crença o faz acreditar que cada atitude ou pensamento negativo é prejudicial e cada atitude ou pensamento positivo ajuda a pessoa evoluir cada vez mais.

Já Vinicius Paes, 22 anos, estudante de Jornalismo, diz que não existe nenhum Deus, a não ser o homem, e que religião é tudo besteira. “São tradições criadas pelo homem para o próprio homem”, afirma ele. “Religião não é a busca espiritual. É mais uma tradição para que o homem limite seu pensamento dentro daquela doutrina. Não acredito em religiões, acredito em espiritualidade”.

Fabielen Rodrigues, 20 anos, estudante de Biomedicina considera a educação que teve em sua família um incentivo à religiosidade. “Não me imagino sem seguir a filosofia que me foi ensinada desde pequena e isso não se limita a frequentar igreja, mas sim em praticar todos os dias e onde estiver”, diz Fabielen, que é adepta do Budismo e sócia de uma organização budista não-governamental.

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