19 de nov. de 2009

Conscientização ambiental do consumidor é importante na aquisição de produtos de madeira

por Beatriz Belchior

Por ano, aproximadamente 24 milhões de metros cúbicos de madeira da Amazônia, transformados em toras, são extraídos da Floresta Amazônica, dos quais 15% são absorvidos pelo mercado paulista, o que torna o Estado de São Paulo o maior consumidor de madeira nativa amazônica do mundo, segundo dados da Organização Não-Governamental Greenpeace.

Desde 2006, o Documento de Origem Florestal (DOF) é obrigatório para o controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa. E é este documento que garante a procedência de toda a madeira que circula no Brasil.

Carla, 26 anos, gerente da madeireira Zap Madeiras, de Limeira, diz que 99% dos seus clientes não demonstram interesse pela origem da madeira que compram. “A primeira via do DOF é do consumidor, mas ninguém pede”, declara.

A gerente também afirma que, após a criação do DOF, os preços de seus produtos aumentaram devido à regularização de grande parte das madeireiras, pois a fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro e Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ficou mais rígida. O sistema de verificação pode ser facilmente acessado pelos fiscais com o auxilio da internet de qualquer localidade do Brasil.

Geralmente os clientes que têm maior contato com as madeireiras são os responsáveis pelos canteiros de obras. O engenheiro civil Evaldo Sérgio Grigoletto admite que não verifica a origem do material que usa em suas obras. Contudo, ele ressalta que o poder público é fundamental na conscientização dos danos que o desmatamento pode ocasionar. “A fiscalização pelo poder público evita que nós, consumidores finais, sejamos prejudicados”, conclui o engenheiro.

A conscientização de compradores e consumidores na hora da compra da madeira é essencial no combate ao desmatamento.

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