por Rafael Leite de Campos
Conquistar a independência financeira. É com esse objetivo que muitos jovens buscam o primeiro emprego. Fernanda Franco dos Santos, 16 anos, estudante, procura emprego há um ano, mas está com dificuldades de encontrar, “pois as empresas exigem experiência”.
“A maioria das empresas pede pessoas com experiência, o que dificulta muito, pois ainda me faltam capacitação e formação. Se não me derem oportunidade, como vou adquiri-la?”, questiona.
Dácia Santana, 24 anos, trabalha desde os 15. Ela afirma que a falta de experiência foi um dos fatores que mais atrapalharam quando ela procurava emprego.
“A falta de experiência dificultou bastante. Por isso, no início, resolvi optar por atividades que não exigiam muitas habilidades e formação. Foi através da minha formação técnica que pude investir em meus estudos e hoje ter uma independência financeira”.
Segundo José Carlos Leite de Campos, 56, aposentado e formado em Economia, casos como o de Fernanda e Dácia não eram frequentes há alguma décadas atrás. “Os processos produtivos daquela época exigiam uso intensivo de mão de obra, pois havia bem menos tecnologia que hoje”, afirma.
Para ele, os avanços tecnológicos do mundo atual requerem mão de obra especializada, o que aumenta as dificuldades para o ingresso no mercado de trabalho.
“Hoje em dia, os postulantes a uma vaga no mercado de trabalho precisam estar bem preparados para exercer atividades mais sofisticadas, que exigem conhecimento científico e tecnológico”, observa.
Uma alternativa para quem procura o primeiro emprego é ir ao Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT). Todos os dias, entre 80 e 100 candidatos a vagas de emprego passam pelo PAT para se inscrever no sistema do Emprega SP.
O comércio é o que mais se destaca na oferta de empregos, com 179 vagas preenchidas no primeiro semestre de 2010. Em segundo lugar, vem a indústria, com 89, seguido pela construção civil, 62 vagas.
Em 2009, o recorde de ocupações ofertadas foi do setor do comércio com 343 vagas, seguido por faxineiro, com 290 vagas, e operador de caixa, com 249 vagas.
O PAT Limeira fica na rua Barão de Cascalho, 237, Centro.
20 de mai. de 2010
A madrugada que o país parou
por Thayla Ramos
Vinte e sete de março de 2010, meia-noite e 45. A madrugada que o país parou em frente ao Fórum Regional de Santana, Zona Norte de São Paulo, para ouvir do juiz Maurício Fossen a sentença de condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
O homicídio triplamente qualificado praticado pelo casal contra Isabella Nardoni, morta em 29 de março de 2008, quando foi jogada pela janela do sexto andar do Edifício London, prendeu a atenção de toda a mídia e causou comoção pública jamais vista diante de um caso de homicídio. O motivo? Alexandre Nardoni é pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, a madrasta supostamente ciumenta.
Durante meses, todos os canais, revistas e jornais nacionais e regionais realizaram uma ampla cobertura do caso, acompanhando os depoimentos, as perícias e, finalmente, a prisão do casal Nardoni. Porém, o que mais ganhou espaço nas manchetes e primeiras-capas foram fotos retratando a ex-vida feliz da garotinha “assassinada” e a irremediável dor de Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, cujo rosto tornou-se tão conhecido e exposto quanto o do presidente Lula.
A cobertura da morte da menina atingiu proporções de um romance policial imperdível, com direito a cenas de drama, suspense e ação que foram acompanhadas fielmente por milhões de brasileiros. Mas, ao contrário do incrível desfecho desta “novela”, a maioria dos casos de homicídios ou tentativa de homicídio entre pais e filhos termina com o réu recebendo uma sentença favorável. A conclusão é de um estudo da antropóloga Daniela Moreno Feriani, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp. Ela avaliou 34 processos tramitados e julgados em um período de 20 anos - entre 1982 e 2002 - no Fórum de Campinas.
Segundo a pesquisa, divulgada no início deste ano, de 34 processos pesquisados, em 17 o réu teve sentença favorável e em oito houve condenação. Os outros processos foram arquivados por diversos motivos, como falecimento do réu ou desqualificação do crime para lesão corporal. Qual é, então, a novidade para tanto estardalhaço diante do Caso Isabella?
Um peso, duas medidas
Cerca de 200 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, estavam aglomeradas em frente ao Fórum de Santana à meia-noite e 45, enquanto o juiz lia a sentença de condenação dos Nardoni. Em seus televisores, milhares de pessoas acompanhavam ao vivo a reação eufórica dos civis quando o resultado do julgamento soou pelos vários alto-falantes instalados nos portões e calçadas do Fórum.
Uma onda de alegria e fúria espalhou-se entre os presentes. Civis bateram palmas, pularam, soltaram fogos de artifício, balançaram-se nas grades de proteção do local. Fotógrafos dispararam simultaneamente seus flashes e repórteres narraram o resultado do julgamento com a entonação de quem narra o glorioso fim de uma partida de futebol.
Porém, emocionante mesmo foi o retorno do casal à penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, a 140 quilômetros de São Paulo, onde voltaram a ocupar suas carceragens. As pessoas aguardavam na saída do Fórum. A Polícia Militar temia um linchamento. Só que atirar pedras, tomates e disparar chutes e palavrões contra os veículos fortemente protegidos, onde os assassinos estavam invisíveis foi o máximo que os civis conseguiram fazer. Tudo isso, é claro, sobre o respaldo de câmeras e microfones.
Mas, ainda pior do que uma sociedade que comemora quando deveria calar-se e cala-se quando deveria protestar, é uma mídia que faz o mesmo. Se antigas teorias dizem que o jornalismo é o espelho da sociedade, talvez elas não estejam tão obsoletas: a imprensa brasileira realmente faz jus à frase.
Se inúmeros casos como o de Isabella acontecem no Brasil, por que não recebem a mesma repercussão e fiscalização da imprensa? Por que, diferentemente de Isabella, as crianças assassinadas não são filhas de advogados? Por que os pais que cometeram homicídio não são proprietários de um apartamento na Zona Norte de São Paulo?
De maneira nenhuma é maléfico que a mídia fiscalize o cumprimento das leis e procedimentos que são de interesse público: mas é maléfico que isso seja feito de acordo com o interesse do público, apenas quando as circunstâncias de um crime rendem boas fotos e entrevistas emocionantes, que garantam um aumento de audiência e vendas de exemplares.
Se a imprensa brasileira não trabalhasse com um peso e duas medidas, talvez os 17 dos 34 homicídios entre pais e filhos nos últimos anos não teriam ficado impunes.
Vinte e sete de março de 2010, meia-noite e 45. A madrugada que o país parou em frente ao Fórum Regional de Santana, Zona Norte de São Paulo, para ouvir do juiz Maurício Fossen a sentença de condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
O homicídio triplamente qualificado praticado pelo casal contra Isabella Nardoni, morta em 29 de março de 2008, quando foi jogada pela janela do sexto andar do Edifício London, prendeu a atenção de toda a mídia e causou comoção pública jamais vista diante de um caso de homicídio. O motivo? Alexandre Nardoni é pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, a madrasta supostamente ciumenta.
Durante meses, todos os canais, revistas e jornais nacionais e regionais realizaram uma ampla cobertura do caso, acompanhando os depoimentos, as perícias e, finalmente, a prisão do casal Nardoni. Porém, o que mais ganhou espaço nas manchetes e primeiras-capas foram fotos retratando a ex-vida feliz da garotinha “assassinada” e a irremediável dor de Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, cujo rosto tornou-se tão conhecido e exposto quanto o do presidente Lula.
A cobertura da morte da menina atingiu proporções de um romance policial imperdível, com direito a cenas de drama, suspense e ação que foram acompanhadas fielmente por milhões de brasileiros. Mas, ao contrário do incrível desfecho desta “novela”, a maioria dos casos de homicídios ou tentativa de homicídio entre pais e filhos termina com o réu recebendo uma sentença favorável. A conclusão é de um estudo da antropóloga Daniela Moreno Feriani, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp. Ela avaliou 34 processos tramitados e julgados em um período de 20 anos - entre 1982 e 2002 - no Fórum de Campinas.
Segundo a pesquisa, divulgada no início deste ano, de 34 processos pesquisados, em 17 o réu teve sentença favorável e em oito houve condenação. Os outros processos foram arquivados por diversos motivos, como falecimento do réu ou desqualificação do crime para lesão corporal. Qual é, então, a novidade para tanto estardalhaço diante do Caso Isabella?
Um peso, duas medidas
Cerca de 200 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, estavam aglomeradas em frente ao Fórum de Santana à meia-noite e 45, enquanto o juiz lia a sentença de condenação dos Nardoni. Em seus televisores, milhares de pessoas acompanhavam ao vivo a reação eufórica dos civis quando o resultado do julgamento soou pelos vários alto-falantes instalados nos portões e calçadas do Fórum.
Uma onda de alegria e fúria espalhou-se entre os presentes. Civis bateram palmas, pularam, soltaram fogos de artifício, balançaram-se nas grades de proteção do local. Fotógrafos dispararam simultaneamente seus flashes e repórteres narraram o resultado do julgamento com a entonação de quem narra o glorioso fim de uma partida de futebol.
Porém, emocionante mesmo foi o retorno do casal à penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, a 140 quilômetros de São Paulo, onde voltaram a ocupar suas carceragens. As pessoas aguardavam na saída do Fórum. A Polícia Militar temia um linchamento. Só que atirar pedras, tomates e disparar chutes e palavrões contra os veículos fortemente protegidos, onde os assassinos estavam invisíveis foi o máximo que os civis conseguiram fazer. Tudo isso, é claro, sobre o respaldo de câmeras e microfones.
Mas, ainda pior do que uma sociedade que comemora quando deveria calar-se e cala-se quando deveria protestar, é uma mídia que faz o mesmo. Se antigas teorias dizem que o jornalismo é o espelho da sociedade, talvez elas não estejam tão obsoletas: a imprensa brasileira realmente faz jus à frase.
Se inúmeros casos como o de Isabella acontecem no Brasil, por que não recebem a mesma repercussão e fiscalização da imprensa? Por que, diferentemente de Isabella, as crianças assassinadas não são filhas de advogados? Por que os pais que cometeram homicídio não são proprietários de um apartamento na Zona Norte de São Paulo?
De maneira nenhuma é maléfico que a mídia fiscalize o cumprimento das leis e procedimentos que são de interesse público: mas é maléfico que isso seja feito de acordo com o interesse do público, apenas quando as circunstâncias de um crime rendem boas fotos e entrevistas emocionantes, que garantam um aumento de audiência e vendas de exemplares.
Se a imprensa brasileira não trabalhasse com um peso e duas medidas, talvez os 17 dos 34 homicídios entre pais e filhos nos últimos anos não teriam ficado impunes.
13 de mai. de 2010
Ararenses participam de evento em Brasília
16 pessoas de Araras participam do 16º Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília, na comemoração dos 50 anos da Arquidiocese e da fundação da cidade
por Diego Santos
O 16º Congresso Eucarístico Nacional será realizado nesse ano de 13 a 16 de maio em Brasília (DF). Da Paróquia São Francisco de Assis de Araras serão 16 pessoas que participarão do evento, entre elas, ministros leigos, agentes de pastorais, acólitos e catequistas, juntamente com o pároco padre Leandro Ricardo.
A paróquia como um todo já se prepara para o evento. “Em nossas celebrações, encontros catequéticos e formativos estamos refletindo sobre a importância da Eucaristia para a vida da Igreja, estamos cantando o hino do congresso e rezando a oração oficial do encontro”, afirmou o padre Leandro. Os participantes foram enviados pelo bispo diocesano, Dom Vilson Dias de Oliveira, em uma missa na paróquia no último dia 2 de maio e, na ocasião, o bispo abençoou as camisetas personalizadas que foram preparadas para o evento.
O tema do 16º Congresso Eucarístico Nacional será “Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários” e o lema “Fica conosco, Senhor!”. A programação do Congresso envolverá atividades de reflexão e estudo sobre temas atuais da vida da Igreja e relevantes para a vivência do sacramento da Eucaristia, celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento e atividades culturais.
Para esse evento, todos os fiéis católicos brasileiros são convocados. Segundo os organizadores, mais de 300 mil pessoas participam do Congresso Eucarístico Nacional, entre elas cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, diáconos, membros de institutos de vida consagrada, leigos e representantes das 300 dioceses do País.
O enviado especial do Papa Bento 16 para a edição deste ano do Congresso Eucarístico Nacional será o prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Dom Cláudio Hummes, que vai participar de seis atividades oficiais durante o evento.
O Congresso Eucarístico Nacional será o ponto central das celebrações dos 50 anos da Arquidiocese de Brasília, que contarão também com uma retrospectiva histórica dos acontecimentos mais importantes da Arquidiocese, como a primeira missa celebrada no marco inicial da construção da cidade, em 1957, e o 8º Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1970. Em maio, a capital federal também completa 50 anos de fundação.
O Congresso foi antecedido pela realização da 48ª Assembleia Geral da CNBB, cuja missa de abertura, em 3 de maio de 2010, foi memória da Primeira Missa em Brasília, na Praça do Cruzeiro.
A Arquidiocese de Brasília é a responsável pela organização desse 16º Congresso Eucarístico Nacional que acontece a cada quatro anos.
Segundo Dom João Braz, arcebispo de Brasília, “o Congresso Eucarístico deve ser a expressão de um trabalho unido e de comunhão que tem sua fonte na Eucaristia”.
por Diego Santos
O 16º Congresso Eucarístico Nacional será realizado nesse ano de 13 a 16 de maio em Brasília (DF). Da Paróquia São Francisco de Assis de Araras serão 16 pessoas que participarão do evento, entre elas, ministros leigos, agentes de pastorais, acólitos e catequistas, juntamente com o pároco padre Leandro Ricardo.
A paróquia como um todo já se prepara para o evento. “Em nossas celebrações, encontros catequéticos e formativos estamos refletindo sobre a importância da Eucaristia para a vida da Igreja, estamos cantando o hino do congresso e rezando a oração oficial do encontro”, afirmou o padre Leandro. Os participantes foram enviados pelo bispo diocesano, Dom Vilson Dias de Oliveira, em uma missa na paróquia no último dia 2 de maio e, na ocasião, o bispo abençoou as camisetas personalizadas que foram preparadas para o evento.
O tema do 16º Congresso Eucarístico Nacional será “Eucaristia, pão da unidade dos discípulos missionários” e o lema “Fica conosco, Senhor!”. A programação do Congresso envolverá atividades de reflexão e estudo sobre temas atuais da vida da Igreja e relevantes para a vivência do sacramento da Eucaristia, celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento e atividades culturais.
Para esse evento, todos os fiéis católicos brasileiros são convocados. Segundo os organizadores, mais de 300 mil pessoas participam do Congresso Eucarístico Nacional, entre elas cardeais, bispos, sacerdotes, religiosos, diáconos, membros de institutos de vida consagrada, leigos e representantes das 300 dioceses do País.
O enviado especial do Papa Bento 16 para a edição deste ano do Congresso Eucarístico Nacional será o prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Dom Cláudio Hummes, que vai participar de seis atividades oficiais durante o evento.
O Congresso Eucarístico Nacional será o ponto central das celebrações dos 50 anos da Arquidiocese de Brasília, que contarão também com uma retrospectiva histórica dos acontecimentos mais importantes da Arquidiocese, como a primeira missa celebrada no marco inicial da construção da cidade, em 1957, e o 8º Congresso Eucarístico Nacional, realizado em 1970. Em maio, a capital federal também completa 50 anos de fundação.
O Congresso foi antecedido pela realização da 48ª Assembleia Geral da CNBB, cuja missa de abertura, em 3 de maio de 2010, foi memória da Primeira Missa em Brasília, na Praça do Cruzeiro.
A Arquidiocese de Brasília é a responsável pela organização desse 16º Congresso Eucarístico Nacional que acontece a cada quatro anos.
Segundo Dom João Braz, arcebispo de Brasília, “o Congresso Eucarístico deve ser a expressão de um trabalho unido e de comunhão que tem sua fonte na Eucaristia”.
Biblioteca Municipal volta a funcionar
por Juan Piva
A Biblioteca Municipal Professor João de Souza Ferraz foi reaberta no dia 03 de maio, assim como a Biblioteca Infanto-Juvenil Professora Cecília Quadros, que estava funcionando temporariamente no Palacete Levy. As novas instalações ficam na Rua Senador Vergueiro, 843, no Centro de Limeira, e já estão atendendo ao público de segunda à sexta, das 8h às 17h.
Com um layout moderno, a biblioteca democratizou o acesso ao acervo, possibilitando aos usuários o contato com todas as obras de literatura e pesquisa. Antes, a entrada era livre apenas na área de literatura, e os livros de pesquisa eram encaminhados ao público somente mediante solicitação aos funcionários.
Coordenadora das Bibliotecas Municipais, Lígia Consuelo Araújo explica que a iniciativa torna a leitura mais atrativa e propicia maior liberdade de escolha aos leitores. “O objetivo é facilitar a busca de informações, e tornar visível ao público tudo o que a biblioteca tem disponível, como em uma livraria”, conta ela. Lígia alerta para os cuidados necessários no ambiente. “Com a democratização, não só a liberdade, mas a responsabilidade dos usuários também aumenta. É preciso conservar bem os livros e zelar pelo acervo, que é um patrimônio público”, ressalta.
Parte dos livros e o setor de cópias estão instalados no segundo andar do prédio, onde há mais espaço para a leitura. Em toda a biblioteca, há computadores para pesquisa ao acervo de 30 mil livros, que é totalmente informatizado. A forma de atendimento dos funcionários também mudou com a democratização. “A equipe agora monitora o público, encaminhando-os aos livros procurados, e oferecendo orientação e auxílio à pesquisa”, diz Lígia.
Já a Biblioteca Infanto-Juvenil Professora Cecília Quadros, acomodada também no segundo andar, ganhou maior espaço para a realização de projetos culturais como a “Hora do Conto”, com área destinada às crianças para jogos e brincadeiras.
Para se cadastrar na biblioteca é preciso apresentar documento de identidade (RG, RG escolar ou certidão de nascimento) e comprovante de residência (recibo de água, luz, telefone ou aluguel). Para menores de 14 anos é necessária a presença de um responsável. O cartão fica pronto no ato do cadastro, e permite o acesso à biblioteca municipal e infanto-juvenil.
A Biblioteca Municipal Professor João de Souza Ferraz foi reaberta no dia 03 de maio, assim como a Biblioteca Infanto-Juvenil Professora Cecília Quadros, que estava funcionando temporariamente no Palacete Levy. As novas instalações ficam na Rua Senador Vergueiro, 843, no Centro de Limeira, e já estão atendendo ao público de segunda à sexta, das 8h às 17h.
Com um layout moderno, a biblioteca democratizou o acesso ao acervo, possibilitando aos usuários o contato com todas as obras de literatura e pesquisa. Antes, a entrada era livre apenas na área de literatura, e os livros de pesquisa eram encaminhados ao público somente mediante solicitação aos funcionários.
Coordenadora das Bibliotecas Municipais, Lígia Consuelo Araújo explica que a iniciativa torna a leitura mais atrativa e propicia maior liberdade de escolha aos leitores. “O objetivo é facilitar a busca de informações, e tornar visível ao público tudo o que a biblioteca tem disponível, como em uma livraria”, conta ela. Lígia alerta para os cuidados necessários no ambiente. “Com a democratização, não só a liberdade, mas a responsabilidade dos usuários também aumenta. É preciso conservar bem os livros e zelar pelo acervo, que é um patrimônio público”, ressalta.
Parte dos livros e o setor de cópias estão instalados no segundo andar do prédio, onde há mais espaço para a leitura. Em toda a biblioteca, há computadores para pesquisa ao acervo de 30 mil livros, que é totalmente informatizado. A forma de atendimento dos funcionários também mudou com a democratização. “A equipe agora monitora o público, encaminhando-os aos livros procurados, e oferecendo orientação e auxílio à pesquisa”, diz Lígia.
Já a Biblioteca Infanto-Juvenil Professora Cecília Quadros, acomodada também no segundo andar, ganhou maior espaço para a realização de projetos culturais como a “Hora do Conto”, com área destinada às crianças para jogos e brincadeiras.
Para se cadastrar na biblioteca é preciso apresentar documento de identidade (RG, RG escolar ou certidão de nascimento) e comprovante de residência (recibo de água, luz, telefone ou aluguel). Para menores de 14 anos é necessária a presença de um responsável. O cartão fica pronto no ato do cadastro, e permite o acesso à biblioteca municipal e infanto-juvenil.
6 de mai. de 2010
Boletim Intervalo
Acompanhe mais programas de rádio produzidos por alunos de Jornalismo do Isca, sob orientação do professor Luiz Antônio Veloso Siqueira:
Exposição de fotos sobre o festival de circo acontece no Isca
por Cintia Ferreira
Durante os cinco dias do 3º Festival Paulista de Circo, realizado em Limeira de 7 a 11 de abril, fotógrafos registraram movimentos, formas e cores e toda a magia de palhaços, malabaristas, trapezistas, mágicos e muitas outras atrações.
As obras compõem uma exposição no saguão de entrada do Isca Faculdades e Colégio Acadêmico. A mostra conta com fotos de autoria de sete profissionais, sendo seis pertencentes ao Foto Clube de Limeira e um de São Paulo. Os fotógrafos são Fábio Vilella (SP), Fernando Sanches, JB Gimenez, Igor Santuci, Lucas Tintori, Nelson Shiraga e Tiago De Gaspari.
"Palhaçada" reúne diferentes visões e linguagens fotográficas sobre o mesmo tema. Cada fotógrafo imprimiu seu olhar e seu conhecimento, promovendo belas imagens e enquadramentos.
Para o estudante Gerson Américo essa é uma oportunidade que deve ser aproveitada. “Não pude participar do Festival de Circo, portanto posso ver como foi através das imagens”, conta.
O circo no país
Segundo a editora de teatro, atriz e escritora, Alice Viveiros de Castro, existem atualmente mais de 2 mil circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios e grandes, com trapézios e grande elenco. Atualmente, paralelo aos circos itinerantes e tradicionais que ainda existem, a arte circense também é aprendida em escolas, através de um movimento chamado Circo Contemporâneo, surgido no final dos anos 70 em vários países.
A primeira escola instalada no Brasil chamava-se Piolin, em São Paulo, no estádio do Paecambu, em 1977. Piolin é também o nome que deu origem à maior das quatro tendas do Festival Paulista de Circo.
Durante os cinco dias do 3º Festival Paulista de Circo, realizado em Limeira de 7 a 11 de abril, fotógrafos registraram movimentos, formas e cores e toda a magia de palhaços, malabaristas, trapezistas, mágicos e muitas outras atrações.
As obras compõem uma exposição no saguão de entrada do Isca Faculdades e Colégio Acadêmico. A mostra conta com fotos de autoria de sete profissionais, sendo seis pertencentes ao Foto Clube de Limeira e um de São Paulo. Os fotógrafos são Fábio Vilella (SP), Fernando Sanches, JB Gimenez, Igor Santuci, Lucas Tintori, Nelson Shiraga e Tiago De Gaspari.
"Palhaçada" reúne diferentes visões e linguagens fotográficas sobre o mesmo tema. Cada fotógrafo imprimiu seu olhar e seu conhecimento, promovendo belas imagens e enquadramentos.
Para o estudante Gerson Américo essa é uma oportunidade que deve ser aproveitada. “Não pude participar do Festival de Circo, portanto posso ver como foi através das imagens”, conta.
O circo no país
Segundo a editora de teatro, atriz e escritora, Alice Viveiros de Castro, existem atualmente mais de 2 mil circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios e grandes, com trapézios e grande elenco. Atualmente, paralelo aos circos itinerantes e tradicionais que ainda existem, a arte circense também é aprendida em escolas, através de um movimento chamado Circo Contemporâneo, surgido no final dos anos 70 em vários países.
A primeira escola instalada no Brasil chamava-se Piolin, em São Paulo, no estádio do Paecambu, em 1977. Piolin é também o nome que deu origem à maior das quatro tendas do Festival Paulista de Circo.
Malu Mader participa de oficina de vídeo em Limeira
Atriz compartilha experiências profissionais com jovens carentes
por Thayla Ramos
A atriz Malu Mader esteve em Limeira no último sábado, dia 1º de maio. No Teatro Vitória, ela participou da entrega de certificados a vinte jovens de Limeira, que participaram de uma etapa da Oficina Tela Brasil.
Os jovens tiveram a chance de produzir seus próprios curtas-metragens, coordenados pela dupla de cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Em breve, os vídeos estarão disponíveis no Youtube. As oficinas são patrocinadas pela CCR Autoban e pela Fundação Telefônica.
A Secretaria Municipal da Cultura cedeu de 17 a 28 de abril, as instalações da Emcea (Escola Municipal de Cultura e Artes) para a iniciativa. A coordenação foi de Moira Toledo, por meio da Buriti Filmes – idealizadora do projeto que oferece conteúdos, equipamentos e prática de realização cinematográfica.
Os participantes conhecem todo o processo de criação de um filme, passando pelo roteiro, direção, produção, fotografia, arte, som e montagem. São 68 horas de aulas teóricas e práticas.
O prefeito Silvio Félix e o secretário da Cultura, Adalberto Mansur, foram representados pelo diretor Fábio Ribeiro da Silva. Em nome da Prefeitura, da secretaria e da área cultural de Limeira, Malu recebeu uma cesta com produtos do município.
“São quase 30 anos de carreira. Ao mesmo tempo, ao contribuir para os jovens cineastas, ela demonstra uma preocupação social com o futuro do País”, disse Fábio, sobre o trabalho de Malu.
Cerca de 35% dos alunos da oficina realizaram os cursos de teatro ministrados na Emcea. Os jovens vêm geralmente de famílias carentes e têm até 16 anos de idade. Na primeira parte do encerramento da oficina, Malu falou a eles e aos seus familiares sobre cinema. Ainda discorreu sobre os atores no trabalho audiovisual. Ao final, entregou os certificados, acompanhando também a exibição dos curtas.
O jovem Lucas Rodrigues, aluno de teatro da Emcea que também cursou a oficina, avalia a iniciativa. “Foi uma realização pessoal muito grande, que vou levar para o resto da vida. Muita coisa que aprendi participando da oficina poderei usar no teatro, sabendo, é claro, da enorme diferença entre a tela e o palco. Foi muito prazeroso”, conta ele, que desempenhou a função de ator e operador de áudio.
Juraci Soares Requena, diretor das Escolas de Arte e Bibliotecas, ressalta a importância da parceria com a oficina de vídeo. “A parceria estabelecida entre Secretaria da Cultura e Buriti Filmes é uma ação importante para a formação de jovens e propicia a difusão da arte cinematográfica, ao mesmo tempo em que incentiva a produção local.
O interesse de alunos da Emcea é reflexo da formação e das inúmeras possibilidades oferecidas durante as oficinas de teatro, como também ocorre com o Projeto Via Sacra, que em 2010, teve seu elenco formado por 70% de alunos”, afirma Juraci.
O projeto, criado em 2007, é uma realização da Buriti Filmes e já passou por várias cidades do país, levando educação audiovisual aos jovens de comunidades, gratuitamente. O Portal Tela Brasil - www.telabr.com.br também traz detalhes do projeto.
por Thayla Ramos
A atriz Malu Mader esteve em Limeira no último sábado, dia 1º de maio. No Teatro Vitória, ela participou da entrega de certificados a vinte jovens de Limeira, que participaram de uma etapa da Oficina Tela Brasil.
Os jovens tiveram a chance de produzir seus próprios curtas-metragens, coordenados pela dupla de cineastas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Em breve, os vídeos estarão disponíveis no Youtube. As oficinas são patrocinadas pela CCR Autoban e pela Fundação Telefônica.
A Secretaria Municipal da Cultura cedeu de 17 a 28 de abril, as instalações da Emcea (Escola Municipal de Cultura e Artes) para a iniciativa. A coordenação foi de Moira Toledo, por meio da Buriti Filmes – idealizadora do projeto que oferece conteúdos, equipamentos e prática de realização cinematográfica.
Os participantes conhecem todo o processo de criação de um filme, passando pelo roteiro, direção, produção, fotografia, arte, som e montagem. São 68 horas de aulas teóricas e práticas.
O prefeito Silvio Félix e o secretário da Cultura, Adalberto Mansur, foram representados pelo diretor Fábio Ribeiro da Silva. Em nome da Prefeitura, da secretaria e da área cultural de Limeira, Malu recebeu uma cesta com produtos do município.
“São quase 30 anos de carreira. Ao mesmo tempo, ao contribuir para os jovens cineastas, ela demonstra uma preocupação social com o futuro do País”, disse Fábio, sobre o trabalho de Malu.
Cerca de 35% dos alunos da oficina realizaram os cursos de teatro ministrados na Emcea. Os jovens vêm geralmente de famílias carentes e têm até 16 anos de idade. Na primeira parte do encerramento da oficina, Malu falou a eles e aos seus familiares sobre cinema. Ainda discorreu sobre os atores no trabalho audiovisual. Ao final, entregou os certificados, acompanhando também a exibição dos curtas.
O jovem Lucas Rodrigues, aluno de teatro da Emcea que também cursou a oficina, avalia a iniciativa. “Foi uma realização pessoal muito grande, que vou levar para o resto da vida. Muita coisa que aprendi participando da oficina poderei usar no teatro, sabendo, é claro, da enorme diferença entre a tela e o palco. Foi muito prazeroso”, conta ele, que desempenhou a função de ator e operador de áudio.
Juraci Soares Requena, diretor das Escolas de Arte e Bibliotecas, ressalta a importância da parceria com a oficina de vídeo. “A parceria estabelecida entre Secretaria da Cultura e Buriti Filmes é uma ação importante para a formação de jovens e propicia a difusão da arte cinematográfica, ao mesmo tempo em que incentiva a produção local.
O interesse de alunos da Emcea é reflexo da formação e das inúmeras possibilidades oferecidas durante as oficinas de teatro, como também ocorre com o Projeto Via Sacra, que em 2010, teve seu elenco formado por 70% de alunos”, afirma Juraci.
O projeto, criado em 2007, é uma realização da Buriti Filmes e já passou por várias cidades do país, levando educação audiovisual aos jovens de comunidades, gratuitamente. O Portal Tela Brasil - www.telabr.com.br também traz detalhes do projeto.
Professores da rede estadual suspendem greve
por Adriano Nascimento
Após um mês de paralisação, o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, em Assembleia, resolveu suspender a greve. Segundo a presidente da Apeoesp (Sindicado dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Noronha, a decisão aconteceu porque a Secretaria do Estado da Educação aceitou negociar com os professores até o próximo dia 7 de maio. Porém, se as negociações de ambas as partes não forem cabíveis, a greve voltará por tempo indeterminado.
A população paulista está dividida sobre a greve dos professores. Pior que isso: até os próprios professores estavam divididos. A adesão parcial ao movimento revela a existência de um contingente considerável de profissionais que não se convenceram sobre a paralisação, de que ela seria a melhor maneira de reivindicar a recuperação dos salários e a melhoria do ensino.
A dúvida sobre a eficácia da paralisação deve pesar muito na decisão de não parar. Greves têm sido feitas com regularidade, sem que o magistério estadual tenha obtido qualquer conquista significativa. Nem mesmo as inflações dos últimos anos, acusam as lideranças da categoria, têm sido respondidas pelo governo estadual, o que levou a um achatamento dos vencimentos. Não por acaso, o principal item da pauta de reivindicações é um reajuste de 34,3% no salário.
Alguns alunos ficaram mais de 30 dias sem aulas nas escolas estaduais. O objetivo dos professores era ficar em greve por tempo indeterminado, até que o governo entrasse em um acordo. A paralisação durou um mês; algumas escolas ficaram completamente paralisadas, e com isso os alunos foram prejudicados.
A Secretaria da Educação do Estado afirmou que somente 2% dos professores pararam. Já a Apeoesp informou que a paralisação atingiu 70% dos professores. A paralisação já estava incomodando as pessoas, até mesmo a própria família brasileira que deixa seus filhos nas escolas, estava reclamando porque não havia professores.
O motivo da paralisação é pela dignidade do magistério e pela qualidade da educação. Os professores há cinco anos não têm aumento de salário, e a classe luta por essa questão. Os professores solicitam os seus direitos, que são as principais reivindicações da categoria, reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações; garantia ao emprego; e o concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informa ainda que não vai mudar os programas criticados pelo sindicato, como o de Valorização ao Mérito e a criação da Escola Paulista de Professores. Para a secretaria, "são esses os programas que estão permitindo melhorar a educação de São Paulo”, declarou o Secretario da Educação Paulo Renato Souza.
O governo voltou a classificar como "político" o movimento da Apeoesp. "O sindicato convocou a greve sem que tivesse tentado nenhuma negociação com a Secretaria da Educação, o que evidencia sua finalidade política".
Da assembleia também participaram representantes dos diretores de escola e supervisores de ensino, que decidiram, em suas instâncias, entrar em greve em conjunto com os professores. É claro que o trabalhador tem direito de fazer greve e lutar por aumentos salariais. Os professores de São Paulo, assim como os seus colegas de outros estados, ganham mal.
Na última semana as categorias dos professores interditarão uma faixa de rolamento da Avenida Paulista, durante a assembleia. E durante a greve os professores chegaram a bloquear ambos os sentidos da via por três vezes durante as manifestações.
Após as negociações com o secretário Paulo Renato Souza, uma nova Assembleia deverá discutir a situação dos professores da rede estadual. O governador José Serra (PSDB) desperdiçou uma ótima oportunidade de mostrar-se um bom negociador ou, quando menos, alguém que não tem receio de dialogar e, democraticamente, buscar soluções.
Após um mês de paralisação, o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, em Assembleia, resolveu suspender a greve. Segundo a presidente da Apeoesp (Sindicado dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Noronha, a decisão aconteceu porque a Secretaria do Estado da Educação aceitou negociar com os professores até o próximo dia 7 de maio. Porém, se as negociações de ambas as partes não forem cabíveis, a greve voltará por tempo indeterminado.
A população paulista está dividida sobre a greve dos professores. Pior que isso: até os próprios professores estavam divididos. A adesão parcial ao movimento revela a existência de um contingente considerável de profissionais que não se convenceram sobre a paralisação, de que ela seria a melhor maneira de reivindicar a recuperação dos salários e a melhoria do ensino.
A dúvida sobre a eficácia da paralisação deve pesar muito na decisão de não parar. Greves têm sido feitas com regularidade, sem que o magistério estadual tenha obtido qualquer conquista significativa. Nem mesmo as inflações dos últimos anos, acusam as lideranças da categoria, têm sido respondidas pelo governo estadual, o que levou a um achatamento dos vencimentos. Não por acaso, o principal item da pauta de reivindicações é um reajuste de 34,3% no salário.
Alguns alunos ficaram mais de 30 dias sem aulas nas escolas estaduais. O objetivo dos professores era ficar em greve por tempo indeterminado, até que o governo entrasse em um acordo. A paralisação durou um mês; algumas escolas ficaram completamente paralisadas, e com isso os alunos foram prejudicados.
A Secretaria da Educação do Estado afirmou que somente 2% dos professores pararam. Já a Apeoesp informou que a paralisação atingiu 70% dos professores. A paralisação já estava incomodando as pessoas, até mesmo a própria família brasileira que deixa seus filhos nas escolas, estava reclamando porque não havia professores.
O motivo da paralisação é pela dignidade do magistério e pela qualidade da educação. Os professores há cinco anos não têm aumento de salário, e a classe luta por essa questão. Os professores solicitam os seus direitos, que são as principais reivindicações da categoria, reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações; garantia ao emprego; e o concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informa ainda que não vai mudar os programas criticados pelo sindicato, como o de Valorização ao Mérito e a criação da Escola Paulista de Professores. Para a secretaria, "são esses os programas que estão permitindo melhorar a educação de São Paulo”, declarou o Secretario da Educação Paulo Renato Souza.
O governo voltou a classificar como "político" o movimento da Apeoesp. "O sindicato convocou a greve sem que tivesse tentado nenhuma negociação com a Secretaria da Educação, o que evidencia sua finalidade política".
Da assembleia também participaram representantes dos diretores de escola e supervisores de ensino, que decidiram, em suas instâncias, entrar em greve em conjunto com os professores. É claro que o trabalhador tem direito de fazer greve e lutar por aumentos salariais. Os professores de São Paulo, assim como os seus colegas de outros estados, ganham mal.
Na última semana as categorias dos professores interditarão uma faixa de rolamento da Avenida Paulista, durante a assembleia. E durante a greve os professores chegaram a bloquear ambos os sentidos da via por três vezes durante as manifestações.
Após as negociações com o secretário Paulo Renato Souza, uma nova Assembleia deverá discutir a situação dos professores da rede estadual. O governador José Serra (PSDB) desperdiçou uma ótima oportunidade de mostrar-se um bom negociador ou, quando menos, alguém que não tem receio de dialogar e, democraticamente, buscar soluções.
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