por Vanessa Ferreira
Há mais de um mês, os professores das escolas públicas de Limeira paralisaram suas atividades, para reivindicarem melhores condições de trabalho. Já chega a 70% os professores em greve em todo o Estado.
“Em Limeira, nas duas primeiras semanas, tivemos 11 escolas com quase 100% de paralisação e, em todas as outras, greve parcial”, diz o professor e diretor da Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Sebastião Sérgio Toledo Rodovalho.
Além do aumento de salários, a categoria reivindica a incorporação de duas gratificações, fim da política de bônus por mérito, fim das avaliações para os professores temporários e fim da prova de mérito - que foi instituída este ano para até 20% da categoria.
Os professores reivindicam, também, concurso público classificatório para todos os professores ACTs, admitidos em caráter temporário e destinação de um terço da jornada para formação e aperfeiçoamento. “Hoje, a jornada máxima é de 40 horas semanais, sendo 33 com alunos e sete horas de atividades”, relata Toledo Rodovalho.
Segundo ele, as justificativas que os professores darão aos pais e alunos, para que não sejam prejudicados com a paralisação, é que a greve foi aprovada numa assembleia com 30 mil profissionais da educação que estão lutando pela melhoria da escola pública e por melhores condições de trabalho. “Garantiremos a reposição de todas as aulas perdidas”, diz Toledo Rodovalho.
Para o pai de aluno, Reinaldo Canassa, a greve prejudica os alunos de um modo geral. “Se os professores não estão satisfeitos com o salário, que deem oportunidade para quem quer trabalhar”, desabafa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário