8 de abr. de 2010

Greve dos professores gera polêmica

por Vanessa Ferreira

Há mais de um mês, os professores das escolas públicas de Limeira paralisaram suas atividades, para reivindicarem melhores condições de trabalho. Já chega a 70% os professores em greve em todo o Estado.

“Em Limeira, nas duas primeiras semanas, tivemos 11 escolas com quase 100% de paralisação e, em todas as outras, greve parcial”, diz o professor e diretor da Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Sebastião Sérgio Toledo Rodovalho.

Além do aumento de salários, a categoria reivindica a incorporação de duas gratificações, fim da política de bônus por mérito, fim das avaliações para os professores temporários e fim da prova de mérito - que foi instituída este ano para até 20% da categoria.

Os professores reivindicam, também, concurso público classificatório para todos os professores ACTs, admitidos em caráter temporário e destinação de um terço da jornada para formação e aperfeiçoamento. “Hoje, a jornada máxima é de 40 horas semanais, sendo 33 com alunos e sete horas de atividades”, relata Toledo Rodovalho.

Segundo ele, as justificativas que os professores darão aos pais e alunos, para que não sejam prejudicados com a paralisação, é que a greve foi aprovada numa assembleia com 30 mil profissionais da educação que estão lutando pela melhoria da escola pública e por melhores condições de trabalho. “Garantiremos a reposição de todas as aulas perdidas”, diz Toledo Rodovalho.

Para o pai de aluno, Reinaldo Canassa, a greve prejudica os alunos de um modo geral. “Se os professores não estão satisfeitos com o salário, que deem oportunidade para quem quer trabalhar”, desabafa.

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