29 de abr. de 2010

Apreensões de cocaína crescem e de maconha diminuem no Brasil

por Luana Delevedove

As apreensões de cocaína no Brasil vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos e mais do que dobraram desde o início da década, segundo a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão ligado às Nações Unidas. A Jife ressalta ainda que este aumento das apreensões de cocaína não aconteceu somente no Brasil, mas também na Bolívia, Peru, Colômbia e Equador.

Em relação à maconha, houve queda nas apreensões no Brasil e também na Venezuela. Os relatórios enviados mostram que foram apreendidas 19 toneladas de cocaína, um aumento de 15 % relacionado ao ano anterior, já a maconha, em 2007 foram apreendidas 199 toneladas e em, 2008, 187 toneladas.

Segundo o relatório, em toda a região houve um aumento no uso de aeronaves leves com números de registro falsos ou roubados, operando em pistas de pouso pequenas e privadas, em áreas remotas, para transportar cocaína - cerca de metade da cocaína apreendida pelo Brasil em 2008 havia sido traficada por rotas aéreas. A ONU também aponta para um aumento no uso das chamadas "mulas" (pessoas que transportam a droga no próprio corpo) e do transporte da cocaína dissolvida em líquidos.

Segundo a psicóloga Solange Dantas Ferraz, há algumas fases da vida em que as pessoas ficam mais expostas às drogas. “Os adolescentes, curiosos por natureza, são aqueles que mais experimentam drogas. Todos querem se sentir iguais, dividirem as mesmas experiências, angústias e solucionarem juntos as suas dificuldades.

Depois de experimentarem se tornam dependentes. A dependência é fruto do mecanismo psicológico que induz o indivíduo a buscar o prazer e evitar o desprazer e das alterações cerebrais que a droga provoca”, afirma.

Segundo a psicóloga, cada droga tem suas peculiaridades e causa diferentes efeitos no organismo. “Muitos são os motivos que levam as pessoas a pararem de usar drogas ou procurarem um tratamento”, explica ela.

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