por Rafael Leite de Campos
Todos os metais reciclados podem se transformar em matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Por isso, evitar que os materiais recicláveis tenham como destino os aterros sanitários e promover o seu reaproveitamento preserva os recursos naturais e o meio ambiente.
Essa atitude inicia-se dentro das casas, onde os materiais recicláveis são separados. A sucata representa cerca de 40% do total de aço nos País, segundo a Compam - Comércio de Papéis e Aparas Mooca Ltda.
A reciclagem de qualquer material reduz drasticamente o impacto ambiental decorrente da exploração e extração de materiais da natureza. Representa economia de recursos minerais, de energia e, portanto, traz benefícios ao meio ambiente.
Segundo Carlos Alexandre Leite de Campos, que tem um comércio de sucatas há oito anos, no bairro Cecap, em Limeira, o setor passou por um período turbulento com a eclosão da última crise financeira internacional, no final de 2008, mas ele está confiante na retomada da lucratividade do setor para os próximos anos. “Aos poucos, o mercado vem reagindo e a lucratividade vem se recuperando”, afirmou.
A crise financeira internacional teve seu pior momento entre novembro de 2008 e fevereiro de 2009 para o setor, pois a cotação dos preços dos materiais metálicos, que é ditada pela bolsa de valores de Londres, despencou.
Campos compra somente recicláveis de metais, e observa que as latinhas de alumínio se destacam entre os metais mais vendidos pelos coletores.
“Hoje, as latinhas de alumínio são compradas pelo comerciante a R$ 2,50 o quilo, mas esse valor já foi bem maior em momentos que antecederam essa última crise financeira internacional, chegando a ser pago, por quilo, até R$ 3,50”, afirma Campos.
Os mais afetados com a crise foram os coletores de materiais recicláveis, pois os valores que recebiam pela venda do produto foram reduzidos drasticamente.
A renda dos catadores de recicláveis varia entre R$ 70 e R$ 140 mensais, segundo dados de 2006 do Departamento de Economia da Universidade Federal da Bahia. No Estado de São Paulo, a renda média é de R$ 200.
“Antes da crise, minha renda mensal como catador de sucatas era de aproximadamente R$ 500 por mês. Hoje, só consigo ganhar uns 60% daquela quantia”, reclama o catador de sucatas João Mendes Silva, que faz coleta há cerca de cinco anos.
José Mário Bizan Junior, que é proprietário da Silfer Metais em Limeira, disse que também sofreu com a crise, mas se diz contente com a normalização do setor neste ano e comemora o fato de poder contribuir novamente com a reciclagem de materiais.
“Toda sucata adquirida por minha empresa comercial é destinada à indústria de transformação, onde é feito todo o processo de reciclagem em materiais novos”, afirma ele.
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