11 de dez. de 2009

Em Foco TV - IV

Acompanhe o telejornal produzido pelos alunos do 6º Semestre de Jornalismo na disciplina de Telejornalismo I, ministrada pelo professor José Luís Pinotti:




Em Foco TV - III

Veja o telejornal produzido pelos alunos do 6º Semestre de Jornalismo na disciplina de Telejornalismo I, ministrada pelo professor José Luís Pinotti:






10 de dez. de 2009

Em Foco TV - II

Assista ao telejornal produzido pelos alunos do 6º Semestre de Jornalismo na disciplina de Telejornalismo I, ministrada pelo professor José Luís Pinotti:


Em Foco TV - I

Confira o telejornal produzido pelos alunos do 6º Semestre de Jornalismo na disciplina de Telejornalismo I, ministrada pelo professor José Luís Pinotti:




4 de dez. de 2009

Em nome do cinema caipira

Seja por meio de câmeras digitais ou celulares, grupo Kino-Olho realiza produções cinematográficas no interior.

Texto: Daniel Marcolino
Entrevista: Rosana Rabelo
Roteiro: Maira Santana e Karina Rossi
Pesquisa: Marcos Vinicius e Lucas Navarro


Contar a vida. A arte cinematográfica sempre esteve intimamente ligada à vida, aos fatos do cotidiano e às múltiplas formas de “ser-no-mundo”. O desafio de traduzir em ficção o que é real ou tornar real a ficção é uma das características do cinema desde sua fundação. Tocar o espectador, seja por meio do humor, das emoções ou da razão, é uma meta recorrente para os produtores de filmes.

Longa, média, curta, micro-metragens, não importa. O objetivo é o mesmo: ser assistido. Um dos gêneros de maior notoriedade, no tempo presente, é o cinema independente. Com orçamentos infinitamente mais baratos que os filmes convencionais, as produções independentes ganharam força em todo mundo e se tornaram importantes ferramentas de livre-expressão.

A cidade de Rio Claro (SP) se tornou proeminente neste circuito após a criação do grupo Kino-Olho, coordenado pelo cineasta João Paulo Miranda Maria. Recentemente, um dos “filmes-ensaios” produzidos pelo grupo faturou um prêmio internacional: o Mobile Phone Movie Competition (Competição de Filmes de Telefone Celular, em tradução livre), promovido e exibido pelo canal americano CNN.

O filme vencedor foi inspirado nas ideias vanguardistas do cineasta francês Jean-Luc Godard. Com o título de A girl and a gun (Uma garota e uma arma, em tradução livre), a história começa pelo clímax. Uma jovem combina um encontro com um homem e, em posse de uma arma, aparentemente ela planeja matá-lo. O filme deixa no ar uma incógnita, já que não revela se houve, de fato, o assassinato.

Telinha para filmar

A cena foi produzida totalmente via celular, com duração de dois minutos e trinta segundos. O uso de tecnologias alternativas tem sido um dos referenciais do Kino-Olho. “Temos como filosofia de trabalho usar o mínimo de recursos. Acreditamos e investimos em formas alternativas de produção cinematográfica”, revela Miranda. O grupo deve participar, ainda este ano, do Cel. U.Cine, Festival de Micrometragens promovido pela Oi.

Segundo o cineasta Miranda Maria, os trabalhos desenvolvidos pelo Kino-Olho são de extrema relevância para cultura regional. “A formação de um núcleo cinematográfico no interior paulista é uma ideia pioneira e inovadora. Nosso interesse maior é criar uma metodologia própria de produção em que os moradores locais façam parte da equipe criativa. Buscamos uma identidade, uma estética particular a qual apelidamos de “Cinema Caipira”, destaca Miranda.

O grupo

Fundado em 2006, o grupo Kino-olho surgiu a partir das sessões cine-clubistas que ocorriam no Centro Cultural Roberto Palmari. Nestas sessões, após a exibição de filmes, os integrantes realizavam discussões e críticas concernentes aos muitos aspectos de cada obra. Com a criação do grupo, não apenas os debates foram ampliados como também a prática, pesquisa e leitura cinematográfica passou a ser exercida.

O termo “Kino-Olho”, por sua vez, é uma expressão do cineasta russo Dziga Vertov. “A palavra alude ao cinema como uma ação mais elevada que o entretenimento. Para Vertov, cinema é uma ferramenta de mudança social e participação popular, o que delega grande responsabilidade aos seus realizadores. Cinema não pode ser encarado como mera diversão”, explica Miranda.

A Cia Quanta de Teatro é parceira do projeto e cede seus alunos para atuarem nos “filmes-ensaios”. Atualmente, o Kino-Olho conta com cerca de 20 integrantes. As reuniões ocorrem às quintas-feiras, às 19h, no Centro Cultural Roberto Palmari. “Queremos oferecer, gratuitamente, a possibilidade de fazer cinema a todos os amantes desta arte. Estamos abertos para receber a comunidade. Cinema independente também é democrático”, finaliza Miranda.

Outras informações

- Os subsídios para que o grupo Kino-Olho continue realizando seus trabalhos são angariados através de doações, arrecadações e venda da revista Cinema Caipira, produzida mensalmente pelos integrantes do grupo.

- Por ser uma organização da sociedade civil, o grupo Kino-Olho

Quem quer ser escritor

Políticas públicas dão pouco apoio e escritores tem que arcar com custos de suas publicações

por Beatriz Buck, Callebe Bueno, Johelson Costa, Thiago Machado,
Tiago Praxedes e Tracy Ellen

Histórias fantasiosas, romances, contos de suspense, de terror, ou mesmo livros de autoajuda e de conteúdo religioso. O universo literário é movido e alimentado pela diversidade de histórias contadas a partir da visão, dos ideais e sonhos dos escritores, que, na maioria das vezes, por serem menos conhecidos do grande público, não recebem nenhuma ajuda (incentivo de políticas culturais) para bancar suas publicações.

Como é o caso de Cleber Kraüss, corretor de seguros em Limeira-SP, que escreveu ‘E o milagre aconteceu’, um livro de mensagens religiosas, e teve ajuda de parceiros para baratear o custo da publicação. “Não tive nenhum apoio de políticas culturais para lançar meu livro. Isso no Brasil não existe, é utopia”, diz.

Para Juliano Schiavo, jornalista recém formado, e pela primeira vez arriscando-se na área literária com o livro ‘O silêncio das mariposas’, as políticas culturais poderiam ser a saída para escritores como ele, mas, a burocracia inerente ao processo geraria muita ‘dor de cabeça’ para o autor.

“Escrever um livro demanda paciência e consome o nosso tempo livre. Estressa muito” afirma. Outro fator também impediu Schiavo de procurar incentivos culturais. “Fiquei receoso em buscar verbas públicas para publicar meu livro. Não queria me sentir ‘amarrado’. Daria a impressão que estaria utilizando dinheiro público para fins particulares”, completa.

Se os incentivos públicos para escritores menos conhecidos não são tão frequentes, os espaços (e os materiais) dedicados à literatura em Limeira, estão sob atenção das autoridades municipais. “Algumas iniciativas já estão sendo realizadas, como a reforma da Biblioteca Municipal e da Biblioteca Infantil.

Ampliamos o número de exemplares em braile e com áudio, para as pessoas com necessidades especiais e também iniciamos uma campanha de recuperação dos livros da biblioteca”, conta Adalberto Mansur, Secretário da Cultura.

Outros projetos para popularizar a literatura estão sendo desenvolvidos em Limeira. O ‘Cidade da Leitura’, realizado no Parque Cidade, contou com a participação conjunta das secretarias de Educação e Cultura, levando apresentações musicais e aulas de ginástica ao público, e um espaço para as crianças lerem e ouvirem contos e histórias infantis, a ‘Casa do Conto’.

“Tivemos ainda um outro projeto, o ‘Espaço Troca Livro’, no qual as pessoas levavam um livro e o trocavam por um outro existente na banca. A prefeitura tem a intenção de expandir o ‘Troca Livro’ para vários pontos da cidade”, afirma Mansur.

Mas para Kraüss, aquele que conseguiu bancar seu próprio livro com a ajuda de terceiros, ainda falta espaço para os escritores limeirenses mostrarem seu valor. “Gostaria que houvesse uma livraria vendendo os livros de escritores daqui. Poderíamos fazer palestras no Teatro Vitória e a prefeitura custear parte das publicações, distribuindo os livros para as escolas, por exemplo. Assim a população conheceria melhor os escritores de sua própria cidade”, diz o esperançoso corretor.

A Academia de Letras

A Academia de Letras de Limeira (ALL) existe há quatro anos e é constituída por pessoas de diferentes áreas profissionais - médicos, jornalistas, advogados, professores, artistas, entre outros - que possuem algo em comum, obras publicadas no mercado e o gosto pela literatura (requisitos básicos para os membros). Contando com 40 cadeiras cativas, as reuniões são feitas mensalmente, no qual os participantes discutem projetos culturais, eventos e participações em cerimônias de publicações.

A presidente da ALL, a professora Simone Portela (formada em Biologia pela PUC-Campinas), diz que enfrenta problemas financeiros e sonha com um reconhecimento maior por parte da sociedade limeirense. “Estamos nos organizando melhor e lutando por um espaço para termos nossa sede. Nossa idéia é fazer da Academia uma instituição de utilidade pública para Limeira”, afirma.

Segundo Portela, a ALL está fazendo parcerias na cidade e na região. “Temos parcerias com a Secretaria da Cultura de Limeira, com algumas faculdades da região e com o ISCA Faculdades”, diz. O acervo digital da biblioteca do ISCA Faculdades recebeu um eBook (livro digital), com o tema ‘Paz’, escrito pelos membros da Academia.

Respeitável Público, o Circo chegou!

por Fernanda Dias, Liandra Santarosa e Néliane Simioni

A arte circense sempre foi usada para expressar a cultura e costumes dos povos. Ela surgiu em meados dos anos 70 a.C e desde então se espalhou por todo o mundo, permanecendo até os dias de hoje.

Com a missão de arrancar sorrisos, conquistar o público e despertar a magia de sonhar, milhares de pessoas, sem exceção de idade, acompanham os festivais de circos. Em Limeira, acontece todo ano inúmeras apresentações.

Adalberto Pedro Mansur, secretário da Cultura de Limeira, conta que em março deste ano, Limeira foi sede do Festival Paulista de Circo, “o município foi escolhido como cenário por ter um dos principais pontos de referência de circo no Brasil. Os objetivos alcançados são muitos desta forma conseguimos facilitar o contato da sociedade com o meio cultural e incentivá-los a frequentar cada vez mais os circos”.

Mansur explica que a Prefeitura de Limeira gostou tanto da ideia que não hesitou em procurar recursos para facilitar que o Festival de Circo fosse realizado na cidade. “O esforço valeu tanto a pena que Limeira sediará novamente o Festival em 2010”.

Silvio Félix, prefeito de Limeira não escondeu sua satisfação com a realização do evento. “O circo representa diversão de qualidade para todas as idades. É impossível não querer que a cidade seja sede do evento, até porque temos a intenção de vincular o projeto com a área da educação”, explica o prefeito.

Em março de 2009, o encontro reuniu 380 artistas em 95 atrações para idosos, adultos, jovens e crianças, e cerca de 30 mil visitantes, prestigiaram o evento. Isso mostra como é alta a aceitação da população e só fortalece o circo e suas atrações em geral, relata Mansur.

Cada apresentação é bem diversificada! Na ocasião é possível encontrar circos tradicionais, contemporâneos, teatrais, grupos e artistas independentes, todos dispostos a encantar e emocionar o público presente!

Confira abaixo ensaio com alunos da escola Aldeia:

3 de dez. de 2009

Do blog ao livro impresso

por Gisele Carvalho

Há alguns anos vem surgindo uma grande quantidade de novos escritores brasileiros por causa da internet. Muitos são velhos conhecidos da rede mundial de computadores. Isso acontece porque a internet é um dos meios mais eficazes para divulgação de obras de autores modernos, é também um meio para estreitar as fronteiras entre o leitor e o escritor.

Enfim, é um canal de comunicação entre ambos. Um escritor que disponibiliza artigos em seu blog tem maior segurança
ao escrever uma obra literária. E a prática acaba sendo mais um meio que as editoras se utilizam na hora de analisar o escritor.

Carol Bensimon, mestre em Teoria da Literatura mantém, há cinco anos, o blog Kevin Arnold para dois, no endereço:
http://www.insanus.org/. Já escreveu alguns contos e, em 2007, publicou Pó de Parede, seu primeiro livro. Para Carol, além do blog a internet permitiu uma interação muito positiva para o seu processo de amadurecimento literário “Conheci gente de outros estados que também estava escrevendo. Houve uma certa troca, publiquei contos em revistas eletrônicas literárias.”

Carol conta que criou uma rotina de escrever no blog e, para ela, à medida que se pratica se aprende. Bastante auto-exigente, diz que se sentiu segura para publicar seu primeiro livro após esse tempo de aprendizado; por isso, a internet e o blog são ferramentas que a ajudaram.

Os blogs fazem sucesso com os leitores, porque promovem o contato imediato com o autor, coisa que o livro impresso não consegue oferecer. Essa atenção pode ser um comentário ou até mesmo um bate-papo. Muitos autores cativaram seus primeiros leitores através da Internet. É o que diz o escritor baiano Marcelo Vinícius, autor de Desafios de uma Mente e de diversos artigos.

Marcelo também é colunista de um conceituado jornal em Feira de Santana, na Bahia e, mantém o blog marcelovinicius.wordpress.com, além de escrever artigos para a Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa. “O que diferencia os dias de hoje dos de antigamente, na esfera literária, é a facilidade de interação e conhecimento de novos autores, com a web, há uma facilidade imensa de se conectar com diversos autores em um curto espaço de tempo. Mas devemos saber separar o que é interessante, já que a rede também é uma enorme fonte de informações..”

Marcelo comenta também que a internet proporciona ao autor uma certa facilidade no sentido de enviar às editoras suas obras para avaliação. É o caso das editoras Globo, Parêntese e Multifoco que preferem receber obras para avaliação, por e-mails e optam por pesquisar sobre o autor na rede mundial.

Por trás das câmeras

A preparação de um telejornal exige tempo e dedicação de uma equipe grande

por Gisele de Carvalho

Quem assiste a um telejornal não imagina que há uma grande equipe que trabalha muitas horas para que tudo possa sair perfeito. Fátima Bernardes é apresentadora do Telejornal de maior audiência hoje no Brasil, o Jornal Nacional. Fátima fala sobre a preparação do programa e o dia a dia dos editores, repórteres e apresentadores.

A maioria dos telespectadores não abre mão de assistir um telejornal todos os dias. Hoje, é grande a oferta desse tipo de programa pelas várias redes de televisão, mas está nas mãos do público a escolha de qual assistir.

O telespectador opta, principalmente, por aquele que passa maior credibilidade, por isso o programa deve ser preparado com muito cuidado e dedicação. As notícias são escolhidas por ordem de importância levando em consideração o interesse do público.

O Jornal Nacional vai ao ar de segunda à sexta-feira, às 8h15. Fátima conta que a preparação do jornal começa às 10h30, quando o editor chefe participa de uma vídeoconferência com produtores e editores das filiadas da Rede Globo espalhadas por todo o Brasil e também com os correspondentes em outros países.

Nesse encontro são apresentadas as sugestões de reportagens para o dia e serão escolhidas aquelas que vão fazer parte do Jornal Nacional. Ela diz que o objetivo é levar ao telespectador o que de mais importante acontecer no Brasil e no mundo todos os dias.

Depois da reunião, os produtores começam a montar os chamados espelhos, os roteiros do Jornal Nacional com a ordem e o tamanho com que cada reportagem vai ao ar. Mas, como existem notícias quentes e frias, muita coisa pode mudar até a hora do jornal ir ao ar.

Notícias quentes são as novidades, aquelas que aconteceram no dia, ou até mesmo durante o horário do jornal, e a matéria fria é aquela que estava prevista, uma reportagem de comportamento por exemplo.

Às 14h chegam os editores do JN, são 10 ao todo. O editor chefe apresenta a eles a previsão do dia e de que parte cada um vai cuidar. Logo após essa reunião os produtores trazem ao editor chefe as sugestões de pauta que vem do Brasil e do exterior. As que são aprovadas serão produzidas para ir ao ar nos próximos dias.

Enquanto isso, os repórteres estão nas ruas e, a partir das 17h30 da tarde, o trabalho deles começa a chegar na redação via satélite. “Os editores assistem a tudo para ver se algo precisa ser modificado e às 19h30 da noite é a fase mais tensa da preparação do JN, revisão dos textos e apuração das notícias de última hora.


Não é raro também algumas reportagens chegarem depois do horário previsto, obrigando os editores a correrem contra o tempo para que elas possam ir ao ar”, diz ela.