25 de mar. de 2010

Economia Solidária é tema de Campanha da Fraternidade

por Diego Rodrigo

As 64 paróquias da Diocese de Limeira realizam a Campanha da Fraternidade desse ano, que aborda o tema “Economia e Vida” com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. A campanha nesse ano é ecumênica, apoiada pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs.

Neste domingo, dia 28 de março, os católicos de todo o Brasil participarão da Coleta Nacional da Solidariedade para apoiar projetos sociais que provam uma economia solidária.

“A Campanha da Fraternidade favorece a conversão social, eclesial, comunitária e pessoal”, afirmou o assessor diocesano para campanhas, padre Leandro Ricardo.

Anualmente, a Igreja Católica, durante o período da Quaresma – 40 dias que antecedem a Páscoa, realiza a Campanha da Fraternidade com um tema de relevância social, a fim de propor uma reflexão nas igrejas que promova uma mudança de mentalidade e comportamento.

Segundo Ricardo, o objetivo da campanha é denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise, em primeiro lugar, o lucro. “Queremos educar para a prática de uma economia de solidariedade, além de conclamar toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem a uma economia de solidariedade”, afirma.

Escolhido há dois anos, o tema está sendo debatido num contexto de crise mundial financeira, deflagrada no final de 2008, e de eleições. No centro das reflexões propostas pelas igrejas está a concepção de uma economia a serviço da vida, no respeito à dignidade da pessoa humana e ao planeta Terra.

“Não vamos apresentar um novo modelo e derrubar o que está aí, mas queremos, com esse tema, dar mais razão à pessoa do que ao econômico”, completou Ricardo.

“Estamos refletindo a temática da Campanha da Fraternidade nas famílias, nos encontros de catequese, nos círculos bíblicos e nas missas”, afirmou a coordenadora do Conselho Paroquial de Pastoral da Paróquia São Francisco de Assis de Araras, Lourdes Dal Posso.

Segundo ela, as crianças e os jovens estão sendo incentivados à prática da partilha e da solidariedade através de arrecadações de alimentos, roupas e donativos.

O membro da Comissão Diocesana para Campanhas, Carlos Orlandin, afirmou que a Coleta Nacional da Solidariedade é resultado do jejum que os católicos praticaram durante a quaresma. “Todo e qualquer sistema econômico deve estar a serviço da vida e não somente dos lucros. Por isso, como gesto concreto da quaresma, participamos dessa coleta”, disse.

Da coleta nacional, 40% das doações serão destinadas ao FES (Fundo Ecumênico de Solidariedade) que, juntamente com a Cáritas Brasileira e a Fundação Luterana de Diaconia, apoiarão iniciativas de desenvolvimento de uma economia fundada na solidariedade, com práticas de cooperação entre as pessoas e de convivência harmoniosa com a Terra.

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